Fonte : Clic RBS
Nova oferta salarial irrita militares superiores da BM
Oficiais não aceitam ceder parcela de seus ganhos para ampliar aumento na base da corporaçãoNo dia em que o governo estadual finalmente amansou soldados e sargentos, foi a vez de despertar a irritação dos oficiais superiores da Brigada Militar.
Coronéis disseram que os subalternos desejam confronto. Chegaram a ameaçar a renúncia dos cargos de comando. Otimistas com a nova proposta do governo – que agora retira benefícios dos superiores – representantes dos servidores de nível médio davam de ombros, respondendo que “o problema é deles”.
O centro da nova crise instalou-se na oferta salarial que o governo levou aos brigadianos na manhã de ontem. Isso porque o líder do governo na Assembleia, Adilson Troca (PSDB), propôs que os oficiais abrissem mão do valor retroativo a março de 2009.
Antes de acabar a explanação, o tucano viu o presidente da Associação dos Oficiais, Jorge Luiz Braga, afirmar que sequer discutiria a questão. Outros oficiais repetiam que, se fosse para soldados comandarem a corporação, deixariam os cargos. O chefe do Comando de Policiamento Metropolitano, coronel Carlos Bondan, disse que a proposta salarial “coloca uma carreira contra a outra”.
– Há uma relação de confiança entre comandante e subordinado que é imprescindível. Um projeto não pode atentar contra isso – disse Bondan.
Representantes dos militares de nível médio – que compreende de soldado a tenente –, enfim se mostravam abertos à proposta do governo. Mas não garantiram que será acolhida, porque precisam submetê-la a uma assembleia.
– Antes diziam que os radicais éramos nós. Eles (oficiais) ficam dizendo se aceitam ou não, mas isso é problema deles – disse o secretário-geral da Associação dos Servidores de Nível Médio da BM, Ricardo Agra.
Membros do Piratini estudam encaminhar a proposta mesmo sem o aval dos oficiais. Conforme o líder da bancada do PT, Elvino Bohn Gass, a oposição votará a favor do projeto desde que soldados o aceitem.
Para fortalecer a posição dos soldados, surgiu ontem um novo apoio, do sindicato que representa escrivães, inspetores e investigadores da Polícia Civil. Isso porque a matriz, que o governo engorda com a nova proposta, atinge todos os servidores da Segurança
Fonte : ASSTBM
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